Nesta Santa semana que se encerra, vivemos um grande retiro em toda a Igreja nos cinco continentes. E hoje no domingo, << Este dia que o Senhor fez para nós e no qual nos alegramos >> (Salmos 118:24) celebramos o ponto máximo da nossa fé. Quando Jesus quebra a casca do ovo, ou melhor rompe a pedra do túmulo e nos dá o maior presente, a Vida, que é Ele próprio Ressuscitado à direita do Pai.
«É por isso que exultais
de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas
provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do
que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de
louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O
terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma
alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a
salvação das almas» (1 Ped 1,
6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento.
Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias,
provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas
da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e
participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da
esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza,
acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança
segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do
maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade
visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação
definitiva com o Pai. -
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.
-Bento XVI - Porta Fidei