quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Santo Rosário!


Nesta famosa imagem do Juízo final de Michelangelo, um dos afrescos mais famosos do mundo, podemos assistir na capela Sistina a uma das maiores verdades do Cristianismo. Há Misericórdia de Deus, mas também há Justiça.

Buscando nesta imagem fica a figura de dois homens que quase caindo ao inferno - mas agarrados ao Santo Rosário - são salvos por um anjo. 


É verdade que ninguém consegue salvar-se por si mesmo. Mas também é verdade que Deus quer que todos se salvem. Por isso o apelo tão forte a Santíssima Virgem pela oração do Rosário, é um meio atestado por inúmeros Santos para se obter pela contemplação dos mistérios de Cristo a realização deles em nossa vida.

1. O Rosário da Virgem Maria (Rosarium Virginis Mariae), que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milénio, é oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milénio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. Ela enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um cristianismo que, passados dois mil anos, nada perdeu do seu frescor original, e sente-se impulsionado pelo Espírito de Deus a « fazer-se ao largo » (duc in altum!) para reafirmar, melhor « gritar » Cristo ao mundo como Senhor e Salvador, como « caminho, verdade e vida » (Jo 14, 6), como « o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização ».

O Rosário, de facto, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Na sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem evangélica,da qual é quase um compêndio.(2) Nele ecoa a oração de Maria, o seu perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o crente alcança a graça em abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor. 

CARTA APOSTÓLICA
ROSARIUM VIRGINIS MARIAE
DO SUMO PONTÍFICE

terça-feira, 18 de junho de 2013

Vamos em busca das 99 ovelhas perdidas!

ROMA, 17 de Junho de 2013 (Zenit.org) - O Papa Francesco abriu hoje o Congresso da Diocese de Roma sobre o tema Eu não tenho vergonha do evangelho.

Francisco recordou que "alguns cristãos parecem devotos da deusa lamentação" e sublinhou que "o mundo é mundo e que é necessário "dar um testemunho forte e ir em frente", mas também "suportar as coisas que não podem mudar". O Santo Padre convidou "com coragem e paciência a sairmos de nós mesmos e ir ao encontro da comunidade para convidar as pessoas”.
"Sejam em todos os lugares portadores da palavra de vida, em seus bairros, onde as pessoas estiverem", e recordou a figura do Bom Pastor, que deixa as noventa e nove ovelhas para procurar a perdida.
"Queridos irmãos, temos uma e noventa e nove estão desaparecidas, vamos buscá-las", peçamos  "a graça de sair para anunciar o Evangelho", porque "é mais fácil ficar em casa com uma ovelha, escová-la, acariciá-la".  Então, exclamou: "Mas o Senhor nos quer, nós sacerdotes, e também vocês, cristãos, pastores, e não ‘escovadores’ de ovelhas ...".

O Papa concluiu dizendo que "Deus nos dá esta graça gratuitamente, e nós gratuitamente devemos dar".

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Papa lança desafio para o mês de Junho



Todo mês, o papa nos confia duas intenções de oração, dois “desafios” que ele indica para o nosso mundo e para a missão da Igreja. Neste domingo, 2 de junho, para a adoração eucarística que será feita no mundo inteiro pela solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização nos convida a rezar pelas intenções do papa. Nelas, Francisco convida toda a Igreja a orar, durante o mês de junho, por duas intenções particulares:
Intenção de oração universal – O respeito pelos povos: oremos para que prevaleça entre os povos uma cultura de diálogo, de escuta e de respeito recíproco.
Intenção de oração pela evangelização – A nova evangelização: oremos para que, nos lugares onde a influência da secularização é mais forte, as comunidades cristãs saibam promover eficazmente uma nova evangelização.
“Comecem pelo respeito!”
Medos, ignorância, mal-entendidos, são obstáculos no diálogo entre os povos. Sim, o caminho do diálogo, da escuta e do respeito recíproco é difícil. Embora as nossa telas, televisores, tablets, smarts e iPhones pareçam nos aproximar uns dos outros, e que as semelhanças entre nós nunca tenham sido tão fortes, ainda assim nós nos entendemos mal. E sabemos: tudo começa em nosso coração.
Regularmente, as nossas telas nos transmitem cenas da Síria, de Israel e da Palestina, do Sudão, do Tibete e da China, e de tantas outras nações. Conflitos entre os povos, ou no seio de um mesmo povo. Como é que pode ser tão difícil nos compreendermos, encontrar caminhos de diálogo, de respeito e de amizade, quando todos nós os desejamos? Todos?... Pode ser que não. Há muitos interesses em jogo. Há também muitos sofrimentos, ligados ao peso da história...
Mesmo com uma grande benevolência, porém, dialogar, escutar, respeitar o outro nem sempre é fácil. Isto nós verificamos em nossos encontros pessoais, em particular quando o outro é de uma cultura diferente. Eu fiz a experiência, na Amazônia, de que o respeito não vem pela força. E dentro de um mesmo e pequeno país, como na Bélgica, onde duas ou três culturas se roçam, há uma fonte de enriquecimento recíproco, mas também uma fonte de tensões. Como avançar no respeito pelas histórias de cada um e no diálogo sem radicalizar as opiniões?
Hoje nós vivemos uma mistura cultural e religiosa sem precedentes na história da humanidade. “Caminhamos rumo a uma modernidade 'mestiça', mais rica, mais diversa do que antes”, diz Jean-Claude Guillebaud. Mas o nascimento para este “novo” mundo acontece em dores de parto. É necessário, mais do que nunca, intensificar o encontro entre as culturas e as religiões, assim como com os “não crentes”, diz o papa Francisco: “para que as diferenças que separam e ferem nunca dominem, mas sim, inclusive na diversidade, que vença o desejo de construir laços de amizade verdadeira entre todos os povos”.
O desafio deste mês diz respeito à relação entre povos diferentes, mas como não pensar, também, no “debate” que vivemos durante os últimos meses na França sobre questões fundamentais da sociedade? Diálogo, escuta, respeito? Numerosas pessoas se sentiram ignoradas ou menosprezadas, tanto dentre as que já vivem uma relação homossexual quanto dentre as que discordam do projeto de lei. Sem contar as feridas e as divisões causadas no próprio seio da comunidade cristã.
Neste mês do Coração de Jesus, oremos para conseguir, conforme o convite do papa Francisco, promover uma verdadeira cultura do diálogo, que constrói uma ponte entre os povos. Ela começa já nas nossas relações cotidianas, com a profunda benevolência para com o outro.
O padreFrédéric Fornos, SJ, é coordenador europeu do Apostolado da Oração